sexta-feira, 7 de outubro de 2011

MobileMG_4 Artesanato

Há anos (4 pelo menos), passando por Prados vimos e conhecemos "o Serrador" - Jacir Ferreira da Silva, artesão na concepção da palavra ... digo isso porque este ano passamos pela sua pequena oficina e ele continua lá produzindo seus bonecos (que qualquer mestrando de qualquer academia de beira de estrada chamaria de 'arte-cinética') - a mesma quantidade de sempre e com o mesmo esmero (fundamental para que possamos chamá-lo de artesão) ... coisa rara nos dias de hoje. Comprei toda a produção que ele tinha no momento - 10 serradores, ao o que ele simplesmente completou - "Puxa, posso fechar a loja e ir assistir ao torneio de (cavalos) marchadores ..." e foi o que ele fez - passamos meia hora depois e a loja/oficina estava fechada. Qualquer um pensaria - puxa vida se está vendendo tanto assim porque o cara vai passear ao invés de produzir mais para ganhar mais e assim poder contratar alguém para produzir mais e vender mais (ele tinha uma caixa com 60 serradores pronta para ser despachada para a Europa! ) ... simples - porque ele não quer. Hatuma matata - falar é fácil, difícil é se livrar 'do sistema'.



Existe também ao que podemos chamar de 'artesanato industrial' - uma produção copiativa com utilização de máquinas e que é vendido aos borbotões - em qualquer loja de souvenirs, ou melhor - em todas as lojas de souvenirs pelo Brasil afora (esqueça-se da questão da regionalização - vc. encontra artesanato marajoara no Rio Grande do Sul) ... até em postos de gasolina de beira de estrada ...



Voltando aos raros e fantásticos artesãos ... passamos também no velho e famoso 'Chico Doceiro' - centro histórico de Tiradentes - mantendo o seu padrão, com preços honestos e justos. Existem pessoas que dão mais valor para a chamada tradição do que para dinheiro - que gente retrógrada!




Como já dito ... Hatuma matata - falar é fácil, difícil é se livrar 'do sistema'.

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