just keep walking ...
tapune na Avenida Brasil (não a novela Carminha!) SP |
Nós vivemos no tempo - ele nos prende e nos molda -, mas eu nunca achei que entendia isso muito bem. E não me refiro a terorias de como ele se dobra e volta para trás, ou se pode existir em outro lugar em versões paralelas. Não, eu me refiro ao tempo comum, rotineiro, que os relógios nos mostram que passa regularmente: tique-taque, clique-claque. Existe algo mais plausível do que um segundo ponteiro? E, no entanto, basta o menor prazer ou dor para nos ensinar a maleabilidade do tempo. Algumas emoções o aceleram, outras o retardam; às vezes, ele parece desaparecer - até o ponto final em que ele realmente desaparece, para nunca mais voltar.
em "O sentido do fim" Julian Barnes (ed. Rocco)
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